A nova pesquisa Genial/Quaest revelou um cenário que já vinha sendo percebido entre igrejas e lideranças religiosas: a relação entre o governo Lula e o público evangélico está cada vez mais distante. O levantamento mostra que a rejeição nesse grupo subiu para 63%, dois pontos acima do registrado em setembro. Apenas 34% afirmam aprovar a atual gestão.
Os números reforçam que o governo segue incapaz de estabelecer uma conexão consistente com um segmento que representa uma das maiores forças sociais e políticas do país.
Evangélicos demonstram crescente resistência ao governo
Entre os evangélicos, cresce a percepção de que o governo Lula não representa seus valores, prioridades e preocupações. Apesar de tentativas pontuais de aproximação, o diálogo não avança e a confiança se mostra cada vez mais distante.
Questões como liberdade religiosa, proteção da família, pautas morais e segurança pública continuam sendo temas sensíveis para esse público e muitos fiéis avaliam que o governo não tem apresentado respostas que atendam a essas demandas.
Católicos apresentam um cenário diferente
Enquanto os evangélicos se afastam, entre os católicos o movimento é oposto: 54% desse grupo afirmam aprovar a gestão, contra 44% que desaprovam. A diferença entre as duas bases religiosas evidencia como o governo encontra ecos distintos dentro do campo da fé no Brasil.
Distanciamento tende a se aprofundar
Com a rejeição em alta e o sentimento de desalinhamento crescente, o governo Lula enfrenta um de seus maiores desafios justamente com o público evangélico — um segmento numeroso, influente e atento às pautas que considera essenciais. A nova pesquisa Genial/Quaest apenas confirma aquilo que muitos já percebiam: há um afastamento real, sustentado por diferenças de valores, prioridades e percepções sobre o país.
Enquanto o governo tenta construir pontes, os evangélicos seguem vendo apenas desvios no caminho.

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